quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Agradecimento

Queridos amigos e leitores, as horas de lazer dedicadas às leituras e aos estudos valeram a pena. Consegui minha vaga no curso de mestrado em Estudos Fronteiriços da UFMS. Estou muito feliz em continuar meus estudos e ingressar de vez na área de pesquisa acadêmica. Acredito que com este curso eu consiga os instrumentos necessários para incrementar a qualidade daquilo que venho escrevendo.
Gostaria também de agradecer a compreensão de todos ao meu sumiço e da surpresa que foi o mês de outubro, pois o blog bateu recorde de acessos, quase seis mil, sem que eu houvesse estado presente, com postagens novas,pelos motivos que relatei acima.
Mais uma vez obrigada, pelo carinho,pela torcida e pelo prestígio que vocês, leitores e amigos têm conferido a este blog!
Um beijo!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A literatura indianista



     Abrindo um parênteses dentro da abordagem historiográfica brasileira a que me propus  nestes últimos posts, não poderia deixar de comentar sobre a contribuição da leva dos romances brasileiros, inspirados pelo mito do “bom selvagem” idealizado por Rousseau, para a redenção do elemento indígena  no imaginário do povo brasileiro.

     O homem selvagem, puro e despido de preconceitos, coube como uma luva ao ideal de herói romântico, posto que seria impossível aos escritores reportarem-se aos cavaleiros medievais, por motivos óbvios. Os negros, foram colocados à margem da história e da literatura, exceto, talvez, por Castro Alves.

     Para a elite aristocrática brasileira, tais romances começavam a incomodar, pois iam de encontro às propostas do IHGB.

     Em uma carta dirigida ao imperador, no dia 18 de Julho de 1852, Varnhagen o advertia a propósito do indianismo de Gonçalves Dias, que veiculava à imagem do indígena a de detentor da verdadeira brasilidade, em detrimento ao branco colonizador:


     “ (...) não deixar para mais tarde a solução de uma questão  importante acerca da qual convém muito ao país e ao trono que a opinião se não extravie, com idéias que acabam por ser subversivas”


     De fato, após a Proclamação da República, no ano de 1822, o Romantismo veio a firmar-se como o gênero literário da época. Dentre os autores indianistas, além de Gonçalves dias, com seu épico I-Juca-Pirama, destaca-se José de Alencar na prosa, com seus inesquecíveis romances O Guarani e Iracema. Nas artes plásticas, Victor Meirelles, que pintou a obra que ilustra este post: Moema.

     Longe de retratar a realidade indígena de sua época, tais romances tiveram o mérito de ressaltar a presença e a importância  de um elemento étnico que não fosse o branco. Importante lembrar que aos negros não foi dado o mesmo tratamento, tendo desde sempre sido colocado à margem da história.

    
Obs: A título de nos alongarmos um pouco mais sobre as questões e preconceitos que envolvem a cultura indígena, até hoje uma realidade em nosso país, sugiro a leitura deste post do professor Hugo Studart, que muito me comoveu:




Fontes bibliográficas:

Carta de Varnhagen ao imperador datada de 18 de Julho de 1852. In: LESSA. Clado Ribeiro de (org.) Francisco Adolfo Varnhagen. Correspondência ativa. Rio de Janeiro, INL, 1961, p. 187.


Nação e Civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional.
Autor: Manoel Luís Salgado Guimarães



http://www.masp.art.br/servicoeducativo/assessoriaaoprofessor-ago06.php




A temática indígena no interior do IHGB

                  

A partir de 1851, o IHGB busca consolidar-se como Instituição Científica, passando por um processo de alargamento e profissionalização. Novos estatutos são criados, que no entanto, deixam transparecer que as rupturas necessárias ainda estarão de longe de ocorrer.

     Ao contrário, o Institut Historique de Paris foi o fornecedor de parâmentros  e legitimador dos trabalhos historiográficos desenvolvidos pelo IHGB.

     Presos, ainda, aos conceitos iluministas que tratavam a história de forma linear, nossos historiadores empenharam-se em traçar essa linha evolutiva utilizando-se de conhecimentos arqueológicos, etnográficos e lingüísticos, buscando ter acesso aos mistérios das primeiras civilizações em solo brasileiro.

     Todos os meios, na verdade,  servindo de instrumentos de explicitação científica da superioridade branca, capaz de assegurar o progresso e a civilização aos povos mais atrasados da América.

     No interior do IHGB, um acirrado debate começou a tomar forma entre as vertentes históricas e literárias, que se formaram em torno da temática indígena, uma vez que esta última defendia a incômoda  idéia de gênese da nação brasileira representada pelo elemento índio.

Fonte Bibliográfica:

Nação e Civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional.

Autor: Manoel Luís Salgado Guimarães





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

COMO SE DEVE ESCREVER A HISTÓRIA DO BRASIL

      A monografia intitulada “Como se deve escrever a história do Brasil”, de Carl Friedrich  Philipp Von Martius, saiu vencedora do concurso promovido no ano de 1840, pelo IHGB, cuja proposta era responder qual seria o melhor sistema para a elaboração de uma escrita historiográfica brasileira.

      Como vimos em posts anteriores, naquele momento histórico, fazia-se necessário criar um sentimento comum, de nacionalismo, de pertencimento, em todas as classes sociais, para um país que acabara de nascer. Fazia-se também necessário legitimar o poder imperial, pois o Brasil configurava-se como o único país americano de regime político não republicano.

      O texto de Von Martius, elaborado de forma pragmática e filosófica, propunha a mescla das três raças para a formação do povo brasileiro, em uma concepção de história que fosse comum a todos. Para tal, discorria a respeito das contribuições de cada uma das raças na formarção  da Nação.

     No entanto, se analisada com maior cuidado, deixa claro que o papel reservado ao branco, português, é o de agente civilizador, enquanto que ao índio e ao negro são relegados os papéis de meros colaboradores deste processo.

     Logo nos primeiros parágrafos, O autor revela seu ponto de vista:


“ (...) Cada uma das particularidades físicas e morais, que distinguem as diversas raças, oferece a este respeito um motor especial; e tanto maior será a a sua influência para o desenvolvimento comum, quanto maior for a energia, número e dignidade da sociedade de cada uma dessas raças. Disso necessariamente se segue o português, que, como descobridor, conquistador e senhor, poderosamente influiu naquele desenvolvimento; o português que deu as condições e garantias morais e físicas para um reino independente, que o português se apresenta como o mais poderoso e essencial motor. Mas também de certo seria um grande erro para todos os princípios da historiografia pragmática se se desprezassem as forças dos indígenas e dos negros importados; forças estas que igualmente concorreram para o desenvolvimento físico, moral e civil da totalidade da população.”



Ou ainda:



“ (...) Jamais nos será permitido duvidar que a vontade da providência predestinou ao Brasil esta mescla. O sangue português em um poderoso rio deverá absorver os pequenos confluentes das raças índia e etiópica. Em a classe baixa tem lugar esta mescla e como em todos os países, se formam as classes superiores dos elementos das inferiores; e por meio delas se vivificam e fortalecem assim se prepara atualmente na última classe da população brasileira essa mescla de raças, que daí a séculos influirá poderosamente sobre as classes elevadas, e lhes comunicará aquela atividade histórica para a qual o Império do Brasil é chamado.”

     Von Martius propõe aos historiadores brasileiros que transportem-se à casa dos colonos, para mostrar como viviam e se relacionavam,  que vivenciem a vida no interior das famílias, observando ainda sua relação com os escravos. Que demonstrem, a ação da Igreja, da escola, de que forma chegavam as idéias da Europa, a influência destas na vida dos brasileiros, como era a vida militar, o comércio, a navegação, a construção naval, entre outros. Deverão os historiadores, ainda, defender as “raças menores” e de forma cristã e filantrópica, estudá-las.

     Com relação aos índios, Von Martius propõe uma maior investigação a respeito da historia de seu desenvolvimento, chamando-os de “habitantes primitivos do Brasil”. Reconhece a contribuição de sua exótica cultura, propõe o estudo de sua língua, reconhece-lhes a humanidade.                     

     Sua visão é permeada de elementos filosóficos comuns aos homens de seu tempo. É eugênica, faz distinção entre “raças”, sobrepõe os valores morais do “homem branco” sobre os demais, crê na degeneração da cultura indígena, considera a religiosidade destes meras crendices, entre outros equívocos  :


“ (...) Que povos eram aqueles que os portugueses acharam na terra de Santa Cruz, quando estes aproveitaram e estenderam a descoberta do Cabral? De onde vieram eles? Quais as causas que os reduziram a esta dissolução moral e civil, que neles não reconhecemos senão ruínas de povos? (...)”


     No que diz respeito à contribuição da cultura negra, o autor destina-lhe apenas dois breves parágrafos, propondo estudos mais aprofundados, principalmente com relação à história universal do tráfico negreiro,  à situação das colônias portuguesas na África, desviando o foco de interesse para as questões das feitorias portuguesas naquele país. Comenta que a literatura portuguesa oferece muito pouco a respeito deste assunto, propondo ainda, um estudo comparativo entre as índoles, costumes e usos entre negros e índios.

     Com relação ao tema que dá título ao trabalho, no entanto,  é vago:

“(...) Não há dúvida que o Brasil teria tido um desenvolvimento muito diferente sem a introdução dos escravos negros. Se para o melhor ou para o pior, este problema se resolverá para o historiador, depois de ter tido ocasião de ponderar todas as influências, que tiveram os escravos africanos no desenvolvimento civil, moral e político da presente população.”


     Tal proposta atormentaria os futuros historiadores, que dariam a esta questão uma resposta negativa, até os idos de 1933, quando Gilberto Freire os redime com sua obra “ Casa Grande e Senzala”, que abordaremos mais adiante.

     Conclui falando a respeito da grande dificuldade que os autores encontram ao tentar escrever a historia do Brasil, devido a grande extensão do território brasileiro e das variedades de fauna, flora, clima, solo, costumes  e elementos populacionais e destaca a  necessidade do historiador em familiarizar-se com as particularidades das diversidades regionais brasileiras.

   Com esta obra, Von Martius definiu as bases de um projeto histórico, que garantisse uma identidade ao Brasil. De suas interpretações, foi construído o imaginário de toda a população brasileira a respeito de si, e principalmente, norteou  o raciocínio das “elites pensantes “ da época. Além disso, lançou os alicerces do “ mito da democracia racial brasileira”.


Fonte bibliográfica:


Como se deve escrever a história do Brasil- Carl Friedrich Philipp Von Martius,







domingo, 25 de setembro de 2011

Carl Friedrich Philipp Von Martius




Carl Friedrich Philipp Von Martius, foi um pesquisador alemão que, a convite da coroa austríaca, a quem por meio do casamento da princesa D Leopoldina, unia-se à casa de Portugal, esteve durante mais de dez anos viajando pelo Brasil, em especial pela região amazônica.

Médico, antropólgo e botânico, deixou um importante legado principalmente neste último campo, onde diversas espécies desconhecidas, foram por ele reveladas e catalogadas.

Submeteu ao crivo de seu método científico as práticas indígenas no uso de plantas medicinais e observou que os índios não se utilizavam de todas as potencialidades daquelas, por desconhecimento. Muitas das plantas brasileiras eram por eles ignoradas e algumas tinham propriedades bastante similares a alguns espécimes europeus.

Von Martius foi o pesquisador mais empenhado em combater e inverter o mito do “bom selvagem”, pois acreditava que os índios brasileiros eram degenerados, degradados de alguma sociedade mais evoluída e que com o passar dos anos, foram perdendo tal ancestralidade, tendo regredido no tempo, voltando às praticas primitivas.

Como pesquisador estrangeiro, acreditava em uma história linear, evolucionista. Seu olhar refletia os muitos conceitos comuns às pessoas de seu tempo. Eram os tais conceitos eugênicos, em que a superioridade cientificamente comprovada de uma raça sobre a outra vinha a justificar o papel do colonizador.

O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO (IHGB)

“ (...) amalgamação muito difícil será a liga de tanto metal heterogêneo, como brancos, mulatos, pretos livres e escravos, índios etc. etc. etc., em um corpo sólido e político.”

(José Bonifácio- 1813)



A criação do IHGB, em 1838, foi fruto da gestação de um projeto de identidade nacional. Buscava delinear o perfil desta nova nação, dentro de uma sociedade escravocrata, onde ainda havia elementos populacionais indígenas e portugueses. Uma nação em que todos os brasileiros se reconhecessem.

À história foi dado o papel de legitimação do presente.

A tarefa dos letrados reunidos em torno do IHGB, todos pertencentes às elites brasileiras, era justamente a de construir essa idéia de nação, pautada em uma visão civilizatória e progressista, de forte inspiração iluminista. Tal preocupação historiográfica, estava em voga na Europa do século XIX.

Esta nova Nação, nestes anos que antecederam a Proclamação da República, não se oporia à metrópole portuguesa, ao contrário, se perceberia inserida dentro de um processo de continuidade daquela tarefa civilizadora, iniciada há muitos anos atrás, pelos colonizadores. Um desdobramento tropical, uma vertente dessa civilização européia e branca.

Como não poderia deixar de ser, diversas metáforas de parentesco entre Brasil e Portugal foram construídas, reafirmando a idéia de ideal monárquico, e publicadas na Revista do IHGB.

Projetos de integração das diferentes regiões do Brasil foram financiados pelo imperador, tais como pesquisas, viagens exploratórias, coletas de material em arquivos estrangeiros, entre outros. O Estado Nacional foi o eixo a partir do qual se construiu a história brasileira, produzida “nos círculos restritos da elite letrada imperial.”

Em 1840, Januário da Cunha Barbosa, secretário do IHGB, lançou o desafio de premiar o melhor trabalho que indicasse os caminhos para a elaboração dessa história do Brasil.

O vencedor foi o alemão Von Martius, com a monografia intitulada “ Como se deve escrever a história do Brasil”, cujos detalhes acompanharemos nos próximos posts, após um breve introdutório sobre sua biografia.



Fonte Bibliográfica:

Nação e Civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional.
Autor: Manoel Luís Salgado Guimarães

http://www.ihgb.org.br/ihgb.php

Caderno de Viagem


Ao realizar na Bibliothèque Nationale de Paris, pesquisas para a edição de A Missão Francesa, no ano de 2003, os editores encontraram um pequeno cadernos, de 64 páginas, com trabalhos inéditos de Jean-Baptiste Debret. Eram aquarelas e esboços de futuras pinturas, desenhos feitos às pressas, que imortalizaram breves espaços temporais das ruas do Rio de Janeiro no início do século IXX.

Revelavam as primeiras impressões desse viajante francês em terras brasileiras, seu encontro com os africanos de diversas etnias, seu espanto perante a luz dos trópicos, que acabou por modificar sua técnica, cunhada no estilo neoclássico.

A primeira menção a este Caderno de Viagem ao Brasil, foi feito por Mario Carelli, no ano de 1987, em seu livro” Brésil, épopée métisse” , mas não oferecia ao leitor nenhuma ilustração.

A publicação do caderno, segundo os próprios editores é mais uma fonte para um “assombroso cotidiano, que era, ao mesmo tempo, pitoresco e cruel.”


Agora deixo o leitor com algumas poucas fotos que fiz do próprio livro, e sugiro aos amantes das artes, da história e da literatura que adquiram essta pequena jóia, para compor seu acervo pessoal.





domingo, 18 de setembro de 2011

Jean Baptiste Debret



Nascido em Paris no ano de 1768, filho de um funcionário público, desde cedo recebeu o incentivo do pai para instruir-se, tendo dedicado-se desde cedo à pintura.
Debret, à exemplo de seu primo, o pintor neoclássico Jacques-Louis David, também  retratou as passagens da vida e feitos heróicos de Napoleão Bonaparte.
Com a queda de Napoleão, em 1815, reestabeleceram-se os laços diplomáticos entre Portugal e França. Convidado pela corôa portuguesa a participar da missão artística francesa e lecionar na Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, Debret desembarca no Brasil no no de 1816, para  formar novos artistas e incrementar a cultura de uma nação que começava a desabrochar.
Mas foi além. Não bastou para Debret ser reconhecido como o principal pintor da monarquia. Suas gravuras acabaram por tornar-se importantes fontes para os modernos historiadores, devido a particularidade do artista em privilegiar os aspectos populares de nossa cultura. Buscou figurar em suas obras os costumes dos homens simples, dos escravos, das religiosidades, ainda que conservasse em suas aquarelas resquícios neoclássicos, tais como paisagens mitificadas e alguns personagens heróicos.
Com seu olhar de estrangeiro curioso, de pesquisador, buscou colecionar cenas para a elaboração daquela que seria a grande obra de sua vida. De volta à Europa, após viver 15 anos no Brasil, o artista publicou "Viagem Pitoresca e histórica ao Brasil", em que textos de sua autoria acompanhavam as famosas gravuras.














Fonte de Pesquisa:
http://www.historianet.com.br/

Fotos do google images.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Queridos amigos e leitores,
Gostaria de me desculpar pela ausência, mas foi por uma boa causa. Precisei dedicar todo o meu tempo livre em escrever, com alguma coerência, meu anteprojeto de pesquisa para concorrer a uma vaga de mestrado.
Torçam por mim e em breve continuarei com os textos historiográficos!
Bjs!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Rugendas


Johann Moritz Rugendas foi um pintor alemão,integrante da missão cientifica do barão de Langsdorff, que durante o período compreendido entre 1822 e 1825, viajou pelo Brasil, no intuito de pintar nossa fauna e flora, e deparou-se com uma natureza de dimensões inimagináveis, difícil de classificar e documentar, pois segundo suas memórias, não fazia parte da parcela conhecida do mundo civilizado, por tanto tempo escondido deste, pelas práticas protecionistas portuguesas.

Acabou registrando os costumes, o cotidiano de uma população que acreditava carecer de civilidade. Seu olhar estrangeiro era de curiosidade, de estranhamento, de distanciamento, mas com ironia, com graça.
A paisagem rural e urbana faziam pano de fundo para os verdadeiros atores, que eram os brasileiros, os mestiços, construindo esse cenário político e cerimonial da corte portuguesa nos trópicos.


Roda de capoeira (1835):




Capitão do Mato (1833):


Indios em uma fazenda em Minas Gerais (1834):



Alguns anos depois, no ano de 1831, já tendo publicado suas memórias, em um livro chamado”Viagem pitoresca ao interior do Brasil”, Rugendas empreende viagens a outros países da America, tais como México, Chile, Argentina, Peru e Bolivia. Em 1845, regressa ao Brasil, onde é convidado pela família real a participar de uma Exposicao Geral de Belas Artes, deixando importantes documentações pitóricas dos negros e índios, das plantas e das vilas urbanas.

Pressionado por questões financeiras, acaba cedendo suas obras para o acervo do rei da Baviera, em troca de uma pensão vitalícia.