A partir de 1851, o IHGB busca consolidar-se como Instituição Científica, passando por um processo de alargamento e profissionalização. Novos estatutos são criados, que no entanto, deixam transparecer que as rupturas necessárias ainda estarão de longe de ocorrer.
Ao contrário, o Institut Historique de Paris foi o fornecedor de parâmentros e legitimador dos trabalhos historiográficos desenvolvidos pelo IHGB.
Presos, ainda, aos conceitos iluministas que tratavam a história de forma linear, nossos historiadores empenharam-se em traçar essa linha evolutiva utilizando-se de conhecimentos arqueológicos, etnográficos e lingüísticos, buscando ter acesso aos mistérios das primeiras civilizações em solo brasileiro.
Todos os meios, na verdade, servindo de instrumentos de explicitação científica da superioridade branca, capaz de assegurar o progresso e a civilização aos povos mais atrasados da América.
No interior do IHGB, um acirrado debate começou a tomar forma entre as vertentes históricas e literárias, que se formaram em torno da temática indígena, uma vez que esta última defendia a incômoda idéia de gênese da nação brasileira representada pelo elemento índio.
Fonte Bibliográfica:
Nação e Civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional.
Autor: Manoel Luís Salgado Guimarães
Nenhum comentário:
Postar um comentário