Depois de cumpridas suas obrigações pessoais, para com a sociedade, a família e sabe-se lá mais com o quê, chega a hora do dia (ou da madrugada) em que sua sala lhe pertence, no mais absoluto silêncio. Nessa hora, em determinada poltrona, abre-se um livro e...
terça-feira, 19 de julho de 2011
Rugendas
Johann Moritz Rugendas foi um pintor alemão,integrante da missão cientifica do barão de Langsdorff, que durante o período compreendido entre 1822 e 1825, viajou pelo Brasil, no intuito de pintar nossa fauna e flora, e deparou-se com uma natureza de dimensões inimagináveis, difícil de classificar e documentar, pois segundo suas memórias, não fazia parte da parcela conhecida do mundo civilizado, por tanto tempo escondido deste, pelas práticas protecionistas portuguesas.
Acabou registrando os costumes, o cotidiano de uma população que acreditava carecer de civilidade. Seu olhar estrangeiro era de curiosidade, de estranhamento, de distanciamento, mas com ironia, com graça.
A paisagem rural e urbana faziam pano de fundo para os verdadeiros atores, que eram os brasileiros, os mestiços, construindo esse cenário político e cerimonial da corte portuguesa nos trópicos.
Roda de capoeira (1835):
Capitão do Mato (1833):
Indios em uma fazenda em Minas Gerais (1834):
Alguns anos depois, no ano de 1831, já tendo publicado suas memórias, em um livro chamado”Viagem pitoresca ao interior do Brasil”, Rugendas empreende viagens a outros países da America, tais como México, Chile, Argentina, Peru e Bolivia. Em 1845, regressa ao Brasil, onde é convidado pela família real a participar de uma Exposicao Geral de Belas Artes, deixando importantes documentações pitóricas dos negros e índios, das plantas e das vilas urbanas.
Pressionado por questões financeiras, acaba cedendo suas obras para o acervo do rei da Baviera, em troca de uma pensão vitalícia.
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