Depois de cumpridas suas obrigações pessoais, para com a sociedade, a família e sabe-se lá mais com o quê, chega a hora do dia (ou da madrugada) em que sua sala lhe pertence, no mais absoluto silêncio. Nessa hora, em determinada poltrona, abre-se um livro e...
domingo, 14 de março de 2010
A Viagem de Shihiro
Ir ao cinema pode muito bem ser um prazer egoísta, em que um saco enorme de pipocas e um big refrigerante zero são as melhores companhias. Adoro freqüentar as primeiras sessões, com as salas ainda vazias, o ar condicionado bem gelado, as poltronas reclináveis e aquele cheiro, que só as salas de cinema tem, misto de carpete novo, jujubas e manteiga .Adoro especialmente o barulho das balas sendo desembrulhadas.
Dentre os inúmeros filmes inesquecíveis que vi, destaco A Viagem de Shihiro, que assisti no Botafogo Praia Shopping, no Rio de Janeiro, alguns anos atrás.
Nesse desenho animado feito para adultos, emocionei-me como raramente ocorre comigo, em uma cena em especial : Shihiro está sentada num trem, completamente vazio, que viaja em alta velocidade. De repente, o trem para numa estação, as portas se abrem e entra o monstro, que senta-se ao seu lado. Ela não tem medo, continua sentada, com as mãos no colo, tão sozinha e desamparada quanto ele, imenso e medonho. De alguma forma se entendem, ele não a devora, são companheiros de viagem.
É um desenho japonês muito bonito, uma fábula de ajuda mútua, fraternidade, busca interior, luta contra nossos muitos medos. Nem preciso dizer que identifiquei-me com a garotinha...
Um filme para ser visto assim, sozinha, como a personagem, para uma melhor compreensão do que está sendo mostrado. Quem puder, veja.
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