Depois de cumpridas suas obrigações pessoais, para com a sociedade, a família e sabe-se lá mais com o quê, chega a hora do dia (ou da madrugada) em que sua sala lhe pertence, no mais absoluto silêncio. Nessa hora, em determinada poltrona, abre-se um livro e...
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Do Amor e outros demönios
"(...)Sierva Maria náo soube jamais que fim tinha levado Cayetano Delaura, por que ele náo voltou com sua cesta de doces dos portais e suas noites insaciaveis. No dia 29 de maio, sem änimo para mais nada, tornou a sonhar com a janela dando para um campo nevado, onde Cayetano Delaura náo estava nem voltaria a estar nunca. Tinha no colo um cacho de uvas douradas que tornavam a brotar logo que as comia. Mas dessa vez náo arrancava uma a uma, e sim de duas em duas, mal respirando na änsia de acabar com o cacho ate a [ultima uva. A guardiá que entrou com a incumbencia de prepara-la para a ultima sessáo de exorcismos a encontrou morta de amor na cama, os olhos fulgurantes e pele de recem-nascida. Os fios de cabelo brotavam-lhe como borbulhas no cranio raspado, e era possivel ve-los crescer."
Como parte dos preparativos para minha viagem á Colômbia, comprei dois exemplares desse belo romance de Gabriel Garcia Marques. Um para mim, outro para minha mãe, que me acompanharä nessa aventura em meados de setembro.
Ficaremos hospedadas justamente no hotel que funciona no antigo convento de Santa Clara,em Cartagena de las Indias, local onde se passa a narrativa.
Nessa viagem tão esperada, pretendo rever os locais que visitei durante as leituras da obra de Gabriel. As ruas de Cartagena, as Igrejas, os fortes, as lendas dos piratas, os tuneis secretos e todos os locais por onde seus fantasticos personagens andaram.
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