Satori é uma palavra oriunda do budismo. Quer dizer algo entre revelacão e compreensão súbita e duradoura. O instante em que algo se ilumina para nós, revelando o que de fato, é.
Kerouac, estudioso do zen-budismo, nos conta como foi sua breve estadia na cidade luz e em seguida na Bretanha, perambulando por lugares não muito convencionais. Vai atrás da história de seus antepassados, mas encontra através das pessoas com quem trava conhecimentos, seu satori. Nesse livro ele representa ele mesmo, em seus devaneios. Relata os fatos mais insignificantes em seu diário, como se fossem únicos. Um retrato de sua mente tresloucada.
Foi o primeiro livro que li deste autor e para dizer a verdade, cheguei até o final de raiva. Todo o tempo me perguntei qual era o fundamento dessa viagem e onde estava, afinal, a sonhada iluminacão.
Para entender Kerouac, uma obra é pouco. Primeiro, deve-se conhecer sua vida, as bases daquilo que ele se tornou. Em seguida, ir direto à sua grande obra, que sem dúvida foi On The Road. Deixe este livro por último, quando já estiver mais íntimo, ou correrá o risco de desistir das complexidades Kerouaquianas!
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