De uma forma bem didática, podemos enumerar os quatro principais conflitos que ocorrem no Oriente-Médio:
Israel e Palestinos:
As tensões criadas desde a fundação do Estado de Israel, em 1948, acarretam ainda hoje ameaças de cisão no território, que já está parcialmente dividido por regiões descontínuas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Atualmente, há um novo conflito na região entre os dois principais grupos palestinos. De um lado, o Fatah (favorável ao entendimento com os israelenses) e Hamas (organização mais radical que sustenta a destruição de Israel). As divergências entre as duas facções chegaram ao conflito armado, que resultou na divisão do território; atualmente, o Fatah domina a região da Cisjordânia, enquanto o Hamas controla a Faixa de Gaza.
Ocupação do Iraque:
Dede 2003, a coalizão comandada pelos EUA e pelo Reino Unido ocupou a região, que atualmente vivencia uma situação de guerra civil entre sunitas e xiitas, com conflitos e atentados suicidas quase diariamente. Há a estimativa de que, desde 2006, ocorram por mês 3 mil mortes causadas pela violência. A situação dos refugiados no Iraque, segundo dados da ONU, já representa um deslocamento de pessoas maior que o desalojamento dos palestinos quando da criação do Estado de Israel.
A derrubada do regime de Saddam Hussein pelo governo norte-americano, teve a finalidade de instaurar um regime democrático na região, mas inúmeros obstáculos podem surgir, inclusive relacionados à própria cultura local que não está familiarizada com a dissociação entre Estado e Religião.
Irã e suspeitas de ameaça nuclear:
A república islâmica do Irã sofre pressões por parte da ONU para que interrompa o seu programa de enriquecimento de urânio, processo que, se realizado com finalidade pacífica, está em conformidade com as normas e tratados internacionais. Se por um lado o governo iraniano, recentemente empossado sob a acusação de ter fraudado as eleições, garante que o processo é realizado para fins pacíficos, por outro, as grandes potências mundiais desconfiam e temem que a real finalidade seja a construção de armas atômicas.
Tensões entre Síria e Líbano:
Líbano e Síria estiveram por muito tempo ligados. A Síria dominou o Líbano por 30 anos e atualmente é acusada de sustentar o Hezbollah, partido político islâmico devidamente legalizado no Líbano, como uma forma de interferir na política libanesa. Em 2006, o Líbano sofreu um ataque violento por parte de Israel, visando atingir o, Hezbollah que é visto pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista. Para os EUA, também o Irã estaria ligado à organização terrorista apoiando o Hezbollah. Atualmente uma paz aparente tem se apresentado, mas não se sabe até quando.
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