No ano de 1808, a família real portuguesa chegava ao Brasil, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte. Lembramos dos livros escolares que a primeira coisa que fez o imperador foi "abrir os portos às nações amigas", que naquele determinado momento histórico significava a Inglaterra, que os protegeu e escoltou em troca de um novo mercado consumidor para seus produtos...
Com a abertura dos portos, inúmeros visitantes estrangeiros estiveram por essas terras, e não puderam deixar de registrar suas impressões.
Uma das abordagens mais curiosas a respeito da análise de tais documentos, reside justamente na visão muitas das vezes equivocada, que os estrangeiros tinham a respeito de nossa terra, os estudos dos imaginários destes viajantes.
Textos cheios de espanto, de colocações preconceituosas, já que o estilo de vida europeu era tido como modelo de civilidade.
Em uma época em que a grande maioria da população era analfabeta, tais relatos foram de fundamental importancia, pois guardaram para a posteridade as descrições do que aqui havia, do modo de vida, do cotidiano, da geografia, principalmente descrições topográficas, além dos desenhos detalhados, das amostras de fauna e flora tropicais, tidas como exóticas.
Lá fora tais relatos faziam muito sucesso, inúmeras obras foram escritas, até por pessoas que nunca estiveram no Brasil! Alguns vieram a convite da coroa, em expedições oficiais, outros por conta própria.
Desta época podemos destacar Rugendas, Debret e também Hércules Florence.
Aos poucos, pretendo discutir no blog a respeito de alguns desses autores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário