Depois de cumpridas suas obrigações pessoais, para com a sociedade, a família e sabe-se lá mais com o quê, chega a hora do dia (ou da madrugada) em que sua sala lhe pertence, no mais absoluto silêncio. Nessa hora, em determinada poltrona, abre-se um livro e...
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Bagagem de férias
Estive viajando para visitar a familia e alguns amigos, fui ao Rio de Janeiro por poucos dias e à São Paulo, onde me reabasteci de livros, revistas, CD e DVDs de todos os tipos.
Visitei um sebo no Flamengo, mais precisamente na Rua Buarque de Macedo, que de todos é o meu preferido, tem muitas coisas boas, livros raros, novos e semi novos. Os preços são excelentes, comprei por dez reais cada, dicionários de francês-português e português -francês, além de uma gramática da língua francesa, para facilitar minha vida aqui, pois o curso está cada dia mais puxado e já estou com medo de não estar a altura...mas desistir jamais!
Além disso, tive a surpresa de deparar-me com um exemplar da Condessa de Ségur, e lembrei-me com muitas saudades de minha vó Yvone. Ela estudou em um colégio interno em Minas, destinado ás "moças de boa família", onde aprendiam a declamar em francês, latim, tocar piano e coisas do gênero. Foi expulsa de lá, pelas freiras, pois ao contrário de sua bem comportada irmã, fazia levadezas de todo o tipo, era um verdadeiro moleque de saias.
Lembro-me dela, dizendo que minha tia-avó era uma verdadeira menina exemplar, a menina exemplar da Condessa de Ségur! Fiquei bem curiosa e comprei o livro, para saber o que era uma menina exemplar! Ainda nao descobri, mas assim que ler o livro eu conto! Pobre vovó, não deve ter sido fácil viver naqueles tempos!
Comprei ainda Viagem ao Japão (concepção e tradução de Renata Cordeiro) e A Peste, de Albert Camus, este último para reler.
Ganhei de minha mãe: O livro do Chá (Kakuzo Okakura), A Evolução da Escrita-História Ilustrada (Carlos M. Horcades) , A Marcha do Imperador( Luc Jacquet) e o belíssimo Caderno de Viagem de Jean-Batiste Debret. Para melhor apreciar as gravuras, comprei na Le Lis Blanc uma lupa grande e bem decorativa, com cabo de bambú.
Meu pai me deu O Evangelho segundo o espiritismo (Allan Kardec), que eu já conhecia, mas sempre é bom reler.
Não estando satisfeita, entrei numa livraria Siciliano e fiz um estrago: Apesar de não apreciar best-sellers, comprei Comer, rezar, amar (Elizabeth Gilbery) e o li em apenas dois dias, nas longas travessias entre estados, de volta ao Mato Grosso do Sul e confesso: achei o livro uma graça, despretencioso, leve, como um vinho branco gelado, que se bebe enquanto vamos preparando um almoçinho de domingo para a família.
Levei também um livro sobre a vida de Elvis Presley( Unseen Archives), como se eu não a conhecesse de cor e salteado, além de alguns livros de arte e decoração parisiense, provençal e toscana. Comprei também um livro sobre cinema e sobre os maravilhosos abajures desenhados por Louis Tiffanys (adoro todos os detalhes da art-nouveau!)
Muito bem, agora toda essa pilha de livros me espia, da estante do quarto. Amanhã começo a trabalhar, e agora?
Beijos,
Márcia
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E agora vc posta alguns no correio para sua amiga. Eu leio e te conto! kkkkkk... faço um bom resumo!
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