quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Memórias de Paris

A primeira vez que fui a Paris, já tinha quarenta anos. E é realmente estranho escrever assim, porque não me sinto com quarenta anos e parece que estou falando de outra pessoa, mas sim, foi a dois anos atrás. Fui com meu marido, comemorar nosso aniversário de casamento. Depois de tanto tempo, tendo sido relegada em prol de outras prioridades, Paris já era minha velha conhecida de revistas, guias e livros. Mesmo assim, foi emocionante estar diante da Torre Eiffel, e de todos os conhecidos monumentos e famosas pontes que fazem dela a cidade mais bonita que já vi. Foi romantico, com direito a todos os clichês e chavões. Passeios pelo rio Sena, jantar no Tour dArgent entre outros. No entanto, do alto do city tour, percebi que precisava de muito mais do que estava previsto no pacote. Precisava voltar sem a excursão e quando o ônibus passou por Saint-Germain, decidi alugar um apartamento ali. Eu queria morar naquele bairro, comprar no mercadinho, na boulangerie, cozinhar, sentar com calma nos cafés, sem ter que correr para o Louvre e demais atrações. Queria andar me sentindo parte dessa vizinhança. E foi o que fiz. E tendo ido a primeira vez, foi tão mais fácil voltar! Aluguei um apartamento pela internet, incentivada por um blog maravilhoso, chamado Conexão Paris. Escrito por uma brasileira que lá vive, deu todas as dicas necessárias para a minha aventura. Apartamento alugado para dez dias (minhas férias eram muito curtas), resolvi levar as crianças. Afinal, viagem e cultura andam de mãos dadas e eu queria muito proporcionar isso a elas. Minha mãe também resolveu ir conosco e assim fechamos esse grupo familiar. Descrever os dias passados, hoje não seria possível, sinto não ter feito isso na época. Mas estavamos por demais felizes para pensar em algo mais que não fosse andar sem eira nem beira. Comer onde bem entendessemos, visitar sem pressa as atrações. Vimos coisas lindas, almoçamos em jardins de sonho, conhecemos o L orangerie. Fizemos uma excursão para Giverny, onde visitamos a casa e os jardins de Monet. Fomos á Capela da Medalha Milagrosa, eu e minha mãe, assistir a uma missa. Para mim esta foi uma das memórias mais bonitas da viagem. Eu e minha mãe, passeando de braços dados, em Paris. Poder proporcionar a ela este momento, enquanto ambas temos saúde para desfrutá-lo. Tendo tido força para realizar esse projeto, percebi que posso fazer muito mais. Acreditem, fiquei muito corajosa, esperem para ver meus proximos desatinos tornarem-se realidade!

Retrospectiva 2009

Escrever um blog deve ser algo que dê prazer, tanto para quem escreve quanto para quem lê, mas as vezes não acontece assim. Pensei em dar uma parada, repensei algumas coisas, um pouco pressionada com o fato de não estar conseguindo acompanhar por escrito tudo aquilo que vinha praticando e cheguei à conclusão de que tenho praticado muito nessa vida!!! De fato, o ano de 2009 foi abençoado em todos os sentidos e planos, mas que foi uma correria imensa, isso foi! Após um começo de ano de reviravoltas e muito tumulto, nossa vida finalmente entrou nos eixos. Emendei minha comissão no rio Paraguai com uma belíssima viagem a Paris, e nem tive tempo de falar sobre isso! Por causa das viagens precisei estudar feito louca, repor diversos trabalhos para a faculdade e acabei por abandonar o que me dava mais alegria, que era trabalhar no projeto de arqueologia, ainda que involuntariamente. Simplesmente não entrei mais nenhum horário disponível para ir lá e passados dois meses fiquei profundamente envergonhada de todos. Ainda não resolvi essa questão. Mesmo assim havia assumido compromissos com um grupo de teatro, precisei escrever e dirigir a peça, que felizmente, foi um verdadeiro sucesso! Em meio a tantas alegrias, precisei ir ao Rio de Janeiro,pois meu pai não estava bem de saúde e foi bem desgastante essa parte, que prefiro nem comentar aqui. Na volta, trabalho e mais trabalho. O final do ano chegou e eu nem percebi, nas minhas contas ainda esperava pela páscoa... Mas aqui estamos nós, já em 2010 e eu cheia de planos e projetos. Espero poder este ano compartilhar mais calmamente com os amigos, mostrar um lado mais sociável e humano, com menos cobranças e pressões. Penso mesmo em tentar resgatar algumas coisas que fui deixando passar e que hoje já dava como perdidas...