sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ultimo dia do ano

Este ano não comprei nada de novo para vestir no reveillon. De propósito. Vou passar em uma festa na casa de amigos, com um vestido de 10 anos atrás. Feliz,em primeiro lugar por ainda me caber, mas principalmente por estar iniciando o ano com esse voto de desapego ao consumo desnecessário. De valorizar tudo o que tenho. De agradecer o fato de que hoje, não preciso refazer, e sim reafirmar minha lista de escolhas.
Como complementos, vou usar não as coisas que comprei e sim justamente aquelas que me foram presenteadas por pessoas queridas. De propósito.
Com minha casa em ordem, o chão lavado, as gavetas organizadas, as antigas roupas devidamente doadas para o brechó, despeco-me de 2010.
E finalizo esse post com a única oracão que cabe ao último dia de um ano muito abencoado:

Salmo 23, de Davi.

O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos,
guia-me mansamente às águas tranquilas;

Refrigera a minha alma,
guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome,

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte
não temeria mal algum, porque tu estás comigo,
a tua vara e o teu cajado me consolam;

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda;

Certamente que a bondade e a misericórdia
me seguirão todos os dias de minha vida,
e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Amém.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Em recesso

Entrei em recesso em meus trabalhos e decidi tirar uma semana sabática. Tenho acordado a hora que quero. Ido à piscina com as crianças. Inventado modas para o almoço. Fiz as compras de natal, arrumei uma bela decoração para a sala e exterior da casa, preparei os cardápios, convidei os amigos sem família por aqui, e realizamos uma festa muito animada.
Adoro o natal, suas cores, suas musicas, sua fantasia. Adoro receber pessoas queridas em casa.
A família do meu marido decidiu vir passar conosco. Então, a cada dia, temos feito coisas diferentes. Ontem, por exemplo, colocamos a mesa na varanda e fizemos uma fiesta mexicana, com direito a tacos, burritos e muitas margaritas frozen.
Ou então, piscina noite adentro, toda iluminada de velas, enquanto o jantar está sendo preparado no fogãozinho a lenha.
Pela manhã, hidroginástica e muito sol, antes de sairmos para pequenas comprinhas na Bolívia.
Minha cunhadinha Daniela vai casar e esses últimos momentos, de intimidade só da família, com certeza ficarão para sempre registrados na memória de todos!

Beijos e um feliz natal!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dalva de Oliveira canta versão oficial do Cisne Branco.




No dia 13 de Dezembro comemoramos o Dia do Marinheiro. É o dia do aniversário do Almirante Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.
Cultivar nosso patrono, é cultivar nossa história e exaltar os belos valores preconizados pela Rosa das Virtudes, conhecida de todos os militares.
Entre os diversos vídeos disponíveis no youtube para ilustrar esse post, escolhi a maravilhosa Dalva de Oliveira, interpretando o Hino da Marinha do Brasil, que é a cancão Cisne Branco, em 1970.

Servir à Marinha é um grande privilégio.

Bjs,
Márcia.



Cisne Branco

(Hino da Marinha de Guerra do Brasil)

Autoria:

Música: Antonino M. do Espírito Santo (Exército Brasileiro)
Letra: Benedito X. de Macedo (Marinha do Brasil)


Qual cisne branco que em noite de lua
Vai deslizando no lago azul
O meu navio também flutua
Nos verdes mares de norte a sul

Linda galera que em noite apagada
Vai navegando no mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso

Quanta alegria nos traz a volta
À nossa pátria do coração
Estava cumprida a nossa derrota
Temos cumprido nossa missão

Linda galera que em noite apagada
Vai navegando no mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso

Qual linda garça
Que aí vai cortando os ares
Vai navegando sob um belo céu de anil
Minha galera também vai cortando os mares
Os verdes mares, os mares verdes do Brasil

Quanta alegria nos traz a volta
À nossa pátria do coração
Dada por finda a nossa derrota
Temos cumprido nossa missão

Linda galera que em noite apagada
Vai navegando no mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lista de natal

Queridos amigos,

Para todos que quiserem me enviar um presentão, divulgo, com a maior cara de pau, minha lista de livros-desejo para este natal!

1- Crônica de duas cidades- Charles Dickens
2- Cinefilô- as mais belas questões da filosofia no cinema- Editora Jorge Zahar
3- Um trem para o oeste- Fernado Azevedo
4- Cartas a um jovem poeta- Rainer Rilke
5- A margem da Historia- Euclides da Cunha
6- Viagem a Portugal- José Saramago
7- Ensaio acerca da tolerancia- John Locke
8- A ética protestante e o espírito do capitalismo- Max Weber
9- O outono do patriarca- Gabriel Garcia Marques
10- Os donos do poder- Raymundo Faoro.

Nem precisam ser novinhos. Aliás, a Estante Virtual é um sebo que entrega em casa!Os livros usadíssimos tem a sua história particular, e eu os adoro e respeito muito!Além do que são muito mais baratos! Vejam:

www.estantevirtual.com.br

Aceito de bom grado todo tipo de doação literária!
Beijos!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Meu final de ano de 2010

Entreguei no dia 30 minha pasta de estágio, onde constavam as 40 aulas que ministrei no ensino fundamental este ano, as 40 que assisti querendo minha mãe, além das outras 40 participacões que fiz sabe Deus como.
Minhas colegas me auxiliaram com as resenhas, uma vez que eu deveria ter assistido aos seguintes filmes: Laranja Mecânica, Queimada e O Leopardo.
Talvez eu os assista, em alguma madrugada em que me sobre tempo.
Entreguei dois trabalhos que me sufocavam há bastante tempo. O primeiro sobre Antigos Regimes Europeus. Talvez eu publique aqui, vou perguntar à minha filha se é muito chato. O último sobre a apreciacão de Eric Hobsbawn a respeito da Revolucão Francesa, em seu livro A Era das Revolucões. Um clássico que me consumiu. Digo sem sombra de exageros que Eric Hobsbawn tentou acabar com a minha vida.
Além disso, escrevi e dirigi uma peca de teatro sobre a chegada de Colombo na Ilha de Santo Domingo (pensando que estava na China, coitado). Foi um sucesso, uma vez que todo o cenário e figurino foi feito com lixo reciclado. Muitas embalagens vazias, jornais e o trono do rei feito com garrafas vazias. A sala aqui de casa virou um ateliê de artes plásticas!
Minha amiga Aurice trabalha com voluntariado e através dela fiz contato com um grupo da prefeitura, que apoia jovens ensinando a trabalhar com reciclagem de garrafas pet. Fizemos uma parceria. Deu tudo certo, o sucesso foi estrondoso e fiquei muito orgulhosa!
Ao mesmo tempo, como coordenadora das Voluntárias Cisne Branco precisei colocar em prática algumas acões. A primeira foi a organizacão de um brechó, em novembro, no intuito de arrecadar verba para tocar nossos projetos no próximo ano. Deu bastante trabalho, mas foi recompensador. O brechó aconteceu.
Também com a ajuda de outras voluntárias, tocamos o projeto Pré Natal saudável, que através de diversas atividades, orientou um grupo de mulheres nesse momento tão delicado que é a gestacão!Foram encontros com nutricionistas, psicólogas, bombeiro, teve curso de shantala, teve diversas dinâmicas e sei que fizemos um bonito trabalho.
Amanhã é nossa festa de encerramento das atividades e inventei um desfile de modas. A coisa cresceu. A cidade aderiu em peso, os convites se esgotaram. Divulguei nosso evento na SOAMAR, no Lions, no Rotary e na Casa da Amizade. Precisei contratar buffet, decorador, DJ, maquiador, cabeleireiro, correr atras de patrocinadores, uma loucura! Hoje fui até o local do evento para assistir aos ensaios de passarela.
Gente, por isso que eu sumi!
Mas estou muito feliz, porque esse ano eu realizei muito. Viajei bastante, tomei conta de minha família, estudei com filho, dei plantão em hospital público, servico em Sala de Estado, atendi as criancas na prefeitura, organizei acões sociais, assumi mais responsabilidades no hospital onde trabalho, coisas que iam acabar acontecendo...
E entre trancos e barrancos deu tudo certo, foi só comecar a fazer!
Beijos,
sua amiga(ainda viva, cansada, mas muito feliz),
Marcia.

Explicando HOWL (O uivo) de Ginsberg

Com relacão à postagem anterior, encerrando minha fase beatnik, apresentei na íntegra a primeira parte do poema HOWL, de Allen Ginsberg.
O uivo, como foi traduzido aqui no Brasil, é um poema muito interessante. A forma como ele foi escrito, para ser lido em voz alta por uma pessoa absolutamente boa de folego. Prestes a morrer por falta de ar. De preferencia,quase aos berros. Na dúvida, veja o vídeo em que o próprio autor o declama.
É um poema-desabafo. Junto com ON THE ROAD, formam a base daquilo que se entendeu como contracultura. Ele fala das dificuldades dos jovens americanos na era macartista. A busca pela realizacão, muitas vezes fora de alcance. Fala da realidade dos jovens comuns, dos artistas que não se realizaram plenamente.
Demonstra a insatisfacão de toda uma geracão. Conta como a sociedade pode ser opressora com aqueles que estão à sua margem, os homossexuais, os usuários de drogas, as prostitutas. Demonstra o modo de vida dos marginais, e acaba por influenciar todo o comportamento da juventude mundial, subvertendo as regras usuais.
Eu gosto muito desse universo da contracultura. Todo jovem que se diz "revoltado" deveria ler essas obras e ver que nada disso é novidade.
Principalmente gosto de tudo que derivou desse movimento, nas artes. Filmes de James Dean, musicais do quilate de Hair, os festivais de música, a onda hippie que se originou daí.
E principalmente do desfecho. Elis Regina cantando que apesar de tudo, tudo que fizemos ainda somos os mesmo. Como nossos pais. Lindo!

PS:
Esqueci de dizer que Howl foi escrito para Carl Solomon, poeta da geracão beat, cuja obra foi influenciada pelo dadaísmo e com sérios problemas psiquiátricos. Era amigo de Ginsberg e Kerouac.
Voltem ao poema, meus amigos, leiam. Se não puderem ler em inglês, por favor, busquem sua traducão no google. Tudo o que lá está escrito é real, foi parte da vida de Solomon e sua turma.
Beijos.