sábado, 12 de setembro de 2009

A inconstancia dos bens do mundo

E por falar em Brasil colonial, ofereço Gregório de Matos: A INCONSTÂNCIA DOS BENS DO MUNDO Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância.

Um comentário:

  1. Incrivel...me lembro ate hj de uma aula que tive, na oitava serie, sobre os poetas parnasianos. Alias, lembrei-me depois de ler seu post.
    Bjssss, Karina K

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