terça-feira, 27 de setembro de 2011

A temática indígena no interior do IHGB

                  

A partir de 1851, o IHGB busca consolidar-se como Instituição Científica, passando por um processo de alargamento e profissionalização. Novos estatutos são criados, que no entanto, deixam transparecer que as rupturas necessárias ainda estarão de longe de ocorrer.

     Ao contrário, o Institut Historique de Paris foi o fornecedor de parâmentros  e legitimador dos trabalhos historiográficos desenvolvidos pelo IHGB.

     Presos, ainda, aos conceitos iluministas que tratavam a história de forma linear, nossos historiadores empenharam-se em traçar essa linha evolutiva utilizando-se de conhecimentos arqueológicos, etnográficos e lingüísticos, buscando ter acesso aos mistérios das primeiras civilizações em solo brasileiro.

     Todos os meios, na verdade,  servindo de instrumentos de explicitação científica da superioridade branca, capaz de assegurar o progresso e a civilização aos povos mais atrasados da América.

     No interior do IHGB, um acirrado debate começou a tomar forma entre as vertentes históricas e literárias, que se formaram em torno da temática indígena, uma vez que esta última defendia a incômoda  idéia de gênese da nação brasileira representada pelo elemento índio.

Fonte Bibliográfica:

Nação e Civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional.

Autor: Manoel Luís Salgado Guimarães





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