segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Yerebatan Saray




Um enorme esforço de engenharia foi realizado para o transporte de água potável através do aqueduto Valens, até a cidade de Constantinopla, transpondo 25 km de florestas e abastecendo cerca de sessenta cisternas subterrâneas.

Considerado como uma verdadeira maravilha de seu tempo, recebia visitantes de várias partes do mundo, para admirar o maior aqueduto que o mundo romano conheceu.

Além disso, construir cisternas para garantir o suprimento de água da cidade no interior das muralhas e estocá-la durante os períodos de guerra em uma época muito violenta, foi uma medida sábia dos dirigentes medievais.

A cisterna de Yerebatan foi construída no ano de 532 e utilizada até o século dezenove. Seu magnífico interior conta com 336 colunas romanas diferentes, alinhadas a cada 4 metros, em 12 linhas de 28 colunas cada. Como o pé direito mede 8 metros e a cisterna tem 10 mil metros quadrados de superfície, significa que sua capacidade total de armazenamento é de 80 mil metros cúbicos de água.

Os capitéis das colunas são jônicos e coríntios e todas as paredes são recobertas de tijolinhos.

Ao adentrar na cisterna, esqueci de tudo o que havia lido no guia. Automaticamente fui envolvida pela atmosfera do local, em que a escuridão vem em primeiro lugar, e os sons de flauta tomam conta de tudo o que resta.

Dramaticamente adornada de luzes indiretas, as pilastras pareciam se multiplicar como se estivessem em uma sala de espelhos. Duas delas exibiam em sua base, esculturas curiosas, cabeças de medusa posicionadas de lado e de cabeça para baixo. Belas, curiosas e estanhas.

As antiquíssimas paredes de pedras e tijolos, resguardavam o eco de nossos passos, neste maravilhoso “palácio submerso”( Traducão de seu nome), em que James Bond protagonizou a famosa cena já relatada neste blog.

Caminhando sobre as passarelas suspensas, observamos pequenos peixes muito claros, quase transparentes, nadando no labirinto de águas. Parece que adentramos em um outro mundo, repleto de sons estranhos e exóticos, algas e peixes fantasmagóricos. Indescritível.

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