quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O GRANDE CISMA DO ORIENTE (1054)

Como vimos nos posts anteriores, desde a divisão do Império romano em oriental e ocidental, com a subsequente transferência da capital de Roma para a cidade de Constantinopla, as duas Igrejas Cristãs se distanciaram. Enquanto que a parte oriental permanecera herdeira da civilização helenística, defendendo a tradição e o rito grego, a ocidental pereceu com a ocupação dos invasores estrangeiros , principalmente os de origem germânica, e transformou-se.

Evidentes disputas doutrinárias que defendiam cada qual seus direitos pela autoridade papal começaram a ocorrer.

Quando os papas passaram a apoiar o Sacro Imperio Romano, de Carlos Magno, em detrimento do Império Bizantino, a situação ficou insustentável.

Apesar da Igreja de Bizâncio respeitar a posição de Roma como originária de todo o império romano, opunha-se às exigências da Igreja católica e defendia uma estrutura hierárquica diferenciada, em que a figura de um chefe secular denominado patriarca, era reverenciada num sistema denominado cesaropapismo bizantino e por isso sofria, por seu lado, a oposição da Igreja Romana.

Entre os anos de 456 e 867, houve uma grave ruptura entre as duas Igrejas, em que o patriarca Fócio acusou de heresia o filioque que fazia parte do credo da cristandade ocidental.

A situação foi se agravando com o passar do tempo até atingir seu estopim no ano de 1054, em que o patriarca bizantino Miguel Cerulário foi excomungado por um cardeal da Igreja Católica ocidental. A Igreja Bizantina reagiu excomungando,por sua vez, o papa Leão XIX, naquilo que ficou conhecido como o Cisma do Oriente, dividindo a Igreja católica em duas:A Igreja católica apostólica romana e a Igreja ortodoxa, no oriente.

Esta separação enfraqueceu o império romano e fez com que a cidade de Constantinopla até então considerada uma fortaleza inexpugnável, fosse tomada pelos turcos otomanos em 1453, durante a IV Cruzada.

Um comentário: